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15.6.09

Einstein e os ateus fanáticos

Esta frase de Einstein demonstra com clareza a sua visão moderada da religiosidade:

"Então, existem os ateus fanáticos, cuja intelorância é igual à dos religiosos fanáticos, e vem da mesma fonte. Eles são como escravos que ainda sentem o peso das correntes que jogaram fora depois de muita luta. São criaturas que – em seu rancor contra a religião tradicional como sendo o 'ópio das massas' – não conseguem ouvir a música das esferas. O milagre da natureza não torna-se menor porque alguém não pode medi-la pelos padrões da moral e do sofrimento humano."

Obrigado ao David Fernandes pela tradução do original no blog do Del Debbio.

Fontes: The Expanded Quotable Einstein e Quotiki.com

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4 comentários:

Anonymous Anônimo disse...

É bom que se diga que o Eistein não era religioso. Olha o que ele escreveu em uma de suas cartas:

"A palavra Deus para mim é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis"

Fonte:
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2008/05/13/carta_que_revela_desdem_de_einstein_por_religiao_vai_leilao-427356115.asp

24/3/11 16:49  
Blogger raph disse...

Einstein era profundamente religioso, tanto que defendia que a ciência sem religião era cega (ou seria manca?)

É preciso analisar o contexto das frases. Nesta por exemplo ele critica a religião baseada no deus da Bíblia, ou seja, a Igreja.

Mas Einstein era admirador do Deus Cósmico, o Deus de Espinosa, como ele mesmo já disse inúmeras vezes... (ler "Ética" de Espinosa ou tratados sobre o estoicismo).

Religião vem do latim religio, significa "religação a Deus ou ao Cosmos".

Igreja vem do grego ekklesia, significa "comunidade dos escolhidos por Deus".

De modo que Einstein era até mesmo bastante religioso, embora não seguisse igreja alguma.

***

Analiso com mais detalhes a diferença entre Religião e Igreja aqui:
http://textosparareflexao.blogspot.com/2010/06/crenca-do-espiritualista.html

Abs
raph

25/3/11 10:44  
Blogger Yara Morais disse...

Olá Raph,

Na verdade jamais entendi que existam ateus tão fanáticos quanto os religiosos que criticam.A razão deve prevalecer na crença,como na descrença e muitos deles assim como religiosos,se envolvem em debates acalorados e sem fim,que não chegam a conclusão alguma a não ser a massagem do ego de mostrar quem é mais intelectual.Sim porque hoje em dia ateísmo é considerado sinal de intelecto desenvolvido,ainda que os que se proclamam ateus parecem se basear na idéia única e exclusiva do Deus bíblico e católico,que a Igreja no marketing milenar mais fenomenal que já existiu,conseguiu sustentar!
Ora,será que é difícil pensar fora dos moldes preestabelecidos? não que sejam obrigados a crer em Deus,na natureza,em duendes,ou seja o que for,mas basear-se em argumentos retrógrados tão antigos quanto absurdos,não é uma forma de se esconder ? de pensar que tem em mente respostas para tudo?
Meu companheiro é médico,acredita na ciência e no que ela pode provar,devora livros de Dawkins (eu já li e gostei muito da parte naturalista,como filósofo o considero péssimo e me faz querer cortar os pulsos) e às vezes penso que o próprio Dawkins está "incorporado" nele,tamanha paixão que expressa ao falar contra a idéia absurda e ilógica de um "Deus delírio"...eu tenho um temperamento forte,tenho minhas crenças espiritualistas (crenças já muito questionadas,mas depois vivenciadas de fato),mas não tenho muita certeza que adianta entrar em debates,pois geralmente ele acaba se indispondo assim como alguém pertencente a uma seita radical se indisporia,muitas vezes argumento que a religião pode ser maléfica por ser mais uma instituição humana,assim como a escola,as universidades,a política e a economia são usadas para interesses menos nobres e que isso não é culpa de Deus,é culpa da natureza humana ainda ignorante e que possuir uma fé é uma bela forma de imaginar utilidade para nossas vidas,nossa existência,assim como algo que traz força aos menos favorecidos que não podem recorrer a uma terapia,etc.Mas no fim apenas exponho que penso contrariamente e que cada um se contente com a sua verdade.
Acredito também que no fundo assim como nós,que cremos em algo a mais temos senão um medo uma angústia que nada exista além desta vida,os descrentes tenham medo de não possuir provas concretas desse tal "Deus" então é menos angustiante acreditar no "nada",pois o nada não precisa de maiores explicações ou investigações.


Abs,

Yara

(Desculpe o longo comentário)

31/3/11 01:56  
Blogger raph disse...

Oi Yara,

Bem vou tentar ser breve na análise dos pontos principais do que descreveu acima:

- O fanatismo do teísmo e do anti-teísmo, ou neo-ateísmo, apenas demonstra como ambos são lados da mesma moeda. É por essas e outras que a tag Deus está, no menu do blog, dentro de Filosofia :)

- Dawkins esbarrou em questões importantíssimas da evolução, tendo inclusive criado o conceito de Memes, que seria mais ou menos como "genes da cultura e dos pensamentos". Ou seja, como falo no artigo "A evolução desconhecida" e outros, os Memes de Dawkins são profundamente místicos... Daí a IMNESA ironia de ele atacar um Ser místico e não detectado (embora, na realidade, ele ataque o deus bíblico 99% das vezes, já que lhe faltariam argumentos para atacar Deus, ou afirmar sua inexistência, de forma puramente filosófica).

- O nada certamente não precisa de maiores explicações, pois o nada não existe, jamais existiu, e jamais poderá existir. Basta parar para pensar sobre o assunto e chegará a mesma conclusão lógica. Por isso nos livros de Kardec os espíritos sempre ironizam as referências a "aniquilação" ou volta ao "nada".

Veja também:

Os nome de Deus

Reflexões sobre o nada

Abs!
raph

31/3/11 11:48  

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