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19.9.12

A educação proibida

A escola pública completou 200 anos de existência e é considerada a principal forma de acesso dos jovens a educação. Hoje em dia, a escola e a educação são conceitos amplamente discutidos em fóruns acadêmicos, políticas públicas, instituições educativas, meios de comunicação e espaços da sociedade civil. Desde sua origem, a instrução escolar tem sido caracterizada por estruturas e práticas que hoje são consideradas, em sua maioria, já obsoletas. Elas não acompanham as necessidades do Século XXI. Seu principal erro se encontra no paradigma que não considerar a natureza do aluno, a liberdade do pensamento e a importância do amor nos vínculos humanos, assim como no desenvolvimento individual e coletivo. Este documentário, rodado em 8 países da América Latina, com 90 entrevistas de educadores modernos, procura apontar um novo rumo para o futuro da educação, além de apontar os graves defeitos do sistema atual. Com vocês, A Educação Proibida:

"Acreditamos que a Educação está proibida. Não por culpa das famílias, das crianças ou dos docentes. Todos proibimos a Educação. Cada vez que você escolhe olhar para outro lado, em vez de escutar. Cada vez que escolhemos a meta, em lugar do trajeto. Cada vez que deixamos tudo igual, em vez de experimentar algo novo. Seja professor, seja aluno, seja pai, seja quem for, ajude-nos... A Educação tem que avançar, tem que crescer, tem que mudar. Encontrar-nos com os outros, conhecer e explorar suas experiências, trocar ideias e levá-las a nossa realidade. Essa é a nossa proposta, e começa hoje mesmo."

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Comentário
É preciso suavizar o corte, deixar que novas rodas percorram os velhor sulcos, e não mais procurar reproduzir seres com uma mesma opinião e visão de mundo (como se isso fosse possível, em todo caso), pois seres são almas, e não autômatos ou robôs. De nada valerá para as crianças e os jovens, estes recém chegados da Mansão do Amanhã, ouvirem de seus "mestres" a mesma repetição das informações de outrora - isso eles podem buscar na internet. Importa é despertar a paixão pelo conhecimento e, neste processo, procurar aprender junto com eles, junto com o futuro onde, cada vez mais, haverá liberdade para pensar e amar o que se bem entende.

Conforme nos alertou Gibran, "nenhum homem poderá revelar-vos nada senão o que já está meio adormecido na aurora do vosso entendimento". Temos então, ido e voltado a este mundo, e somente assim se explica como as novas ideias vêm. É preciso fugir do veneno que os acomodados vem sugando da História, e não mais escrever de novo o que já estava escrito, não mais copiar o que já não se sustenta de pé, mas apontar para o horizonte e reescrever uma Nova História, e depois outra, e ainda outra, de acordo com as necessidades de cada época...

É hora de nos prepararmos para despertar neste Céu de Liberdade: bem aqui, contanto que o saibamos erguer, contando que saibamos cuidar ainda antes de ensinar. Contanto que, como Sócrates, deixemos que nossos jovens pensem como bem entendam, e atuemos não como "mestres", mas como sábios - a incentivar o amor pelo saber.

Obs: Vocês podem pensar que o documentário traz "ideias novas e revolucionárias", mas estão longe disso. Na verdade, são ideias que têm sido postas em prática pelas escolas logosóficas há décadas. A mudança de paradigma, portano, nem sequer teria de "reescrever o novo ensino do zero", pois isso diversas instituições, como a logosófica, já têm realizado e experimentado ao redor do globo. Basta, portanto, a vontade para impelementar a mudança - mas, e qual é o "político" que vê com bons olhos um eleitorado jovem que "sabe pensar por si mesmo"?

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Crédito da foto: John-Francis Bourke/Corbis

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